quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Com você o meu mundo ficaria completo

Antes de você aparecer, minha vida era tão completa, ao menos era o que eu achava. Quando te conheci, vi que não era bem assim. Você chegou por uma razão e permaneceu mais de uma estação, permanecerá pra vida toda. Com seu surgimento assim como não quer nada, percebi que algo me faltava e que eu não sabia o que era, mas agora tenho consciência do que é, o que me faltava era alguém como você.
Por algum tempo ficamos afastados e o sentimento de vazio e de falta veio junto com a sua ausência, pude então entender “a falta que a falta faz”. Quando você esta longe, meu desejo é que estivesse perto, vejo coisas que me lembram você, lugares que você talvez gostasse de estar, lugares que eu gostaria de estar em sua companhia e quando esta perto de mim, meu desejo é que pudesse ficar por mais e mais tempo além do que já ficamos.
Pode parecer estranho, uma pessoa que conhecemos a razoavelmente pouco tempo e nos faz tão bem, nos faz sentir bem quando estamos juntos e passa uma felicidade tremenda. Procuro entender o motivo de todo esse sentimentalismo, mas pareço me perder em meus pensamentos quando tento entender. Posso dizer que tenho uma felicidade e uma vontade muito grande de estar perto de você como não tenho por muitas pessoas que já conheço a bem mais tempo, posso saber quando começou isso tudo, mas não sei porque e nem como surgiu. Talvez seja melhor assim, sem muita explicação, sem muito entendimento, só deixando as coisas acontecerem ao seu tempo, não sei se eu já fiz o que podia ou tenha um certo bloqueio pra fazer o que poderia.
Será que mais uma vez vou perder por medo de perder?! Espero que no mínimo continuemos como estamos, mas que aos poucos isso tudo possa crescer, assim como minha admiração e sentimentos que talvez estejam estranhos em minha mente mas que posso dizer que são sentimentos bons e que crescem a cada dia.

(Everton Rodrigues)

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Viver a vida – Será que o amanhã existirá para sempre?

Perdemos muito com medo de perder, deixamos oportunidades escorrer pelos nossos dedos por acharmos que amanhã teremos a mesma oportunidade de praticar, de corrigir, de aperfeiçoar. Nos preocupamos muito com o que as pessoas ao nosso redor pensam sobre a gente e acabamos vivendo uma vida que não é nossa, vivemos a vida dos outros e deixamos a nossa passar sem percebermos. Até quanto devemos deixar de fazer o que queremos e temos vontade em virtude dos outros?
Muitas vezes não fazemos as coisas por preguiça, por achar que tudo pode ser feito “amanhã”, mas será que o “amanhã” existirá para sempre? Será que sempre acordaremos na próxima manhã? Que voltaremos para casa depois de um dia cansativo de trabalho ou de estudo?
Faça o que tem que ser feito hoje, saia com os amigos, divirta-se, sorria, de um abraço em quem você gosta, diga “eu te amo” a quem realmente ama e um “eu te adoro” a quem não ama tanto, não se engane seus sentimentos e nem os sentimentos dos outros, se preocupe menos com a hora, seja menos pontual, apronte algumas loucuras sem que estas prejudiquem você ou outras pessoas, durma tarde, acorde tarde, seja feliz e faça os outros feliz. Fique menos de mau humor e sorria com frequência, chore menos de tristeza e mais de alegria.
Não perca oportunidades de ser e fazer outras pessoas felizes. Preocupe-se menos com o que os outros pensam de você, não tenha vergonha de fazer o que tem vontade ou o que você gosta, de abraçar alguém, de dizer com sinceridade “eu amo você”. Viva o hoje, pois o “hoje” amanhã não existirá mais e o amanhã pode ser tarde demais.
“Não deixe nada pra depois, não deixe o tempo passar. Nao deixe nada pra semana que vem porque semana que vem pode nem chegar.”

(Everton Rodrigues)

Noite (a)Normal

Noite (a)Normal

Nossas noites são mais animadas
Quando resolvemos nos encontrar
Fazemos palhaçadas
Que não da tempo de descançar

Nossas reuniões tem mais felicidades
Nossas reuniões tem comidas
Nossas reuniões tem várias verdades
Nossas reuniões tem jogadas

Quando acabam nossas idéias
Resolvemos aprontar
Falamos sobre Medéia
Vamos pra rua pra jogar

Pessoas novas conhecemos
Que só estavam a passar
Logo nos apresentamos
E resolvemos ir cantar

Não passe tempo à voar
Não nos permita esquecer
Que meus amigos possa reencontrar
E novas pessoas possamos conhecer

E que outras noites possamos ter
E não deixemos essa amizade falecer
Pois com essa alegria e amizade
Mais feliz poderemos viver

(Everton Rodrigues)

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O perigo que pode haver em ajudar um jovenzinho


O perigo que pode haver em ajudar um jovenzinho

Em um café da manhã aparentemente normal, recebo uma ligação avisando sobre o corte de 80% de minha aposentadoria. Agora sou um homem desempregado e sem o mínimo capital para viver uma vida descente. Após isso, resolvi sair para espairecer.
Enquanto caminhava pelas pedras do Arpoador vi um jovem arrumado, mas com um semblante muito triste. Como um bom e velho aposentado em psicologia, fui puxar conversa com ele para saber porque ele estava tão triste. No começo o jovem estava acanhado e recioso de se abrir e expor seus problemas, mas com o tempo foi foi se soltando e falando um pouco sobre sua vida.
Ele me contava que tinha ido até aquele local para se matar, que não aguentava mais as cobranças da família e sua vida medíocre. Eu formado e com experiência em psicologia fui ouvindo atentamente suas histórias, conforme iamos conversando, eu dava conselhos aquele jovem que parecia pouco a pouco ir se acalmando. Ficamos ali por mais algum tempo e quando o jovem já parecia melhor, agradeceu e se retirou.
Agora estava eu novamente sozinho com meus pensamentos, mergulhando em profundo silêncio, comecei a refletir sobre minha vida e pude perceber que na verdade aquele jovem tinha tudo o que queria e qualquer pessoa gostaria de ter na vida, não passou por grandes dificuldades, mas não tinha atenção e amor da família como gostaria de ter. Com o acumulo dessas faltas pensou em dar fim a sua vida.
Com isso pude perceber que minha vida tinha mais problemas do que eu pensava, em questão de segundos entrei em um desespero profundo, fui até a ponta das pedras, olhei o mar pensando em me jogar, mas parei e fiquei a sombra de um coqueiro ali perto, comecei a pensar se fazia sentido eu acabar com minha vida daquele jeito. Em reflexão pude ver que tinha problemas sim, mas que tinha o amor de minha família e de meus amigos, depois de algum tempo conclui que daria mais uma chance para mim mesmo. Me encostei no coqueiro, pude perceber que algo no topo dele balançava, quando olhei para cima vi um coco caindo em minha direção, paralisado sem saber o que fazer ali permaneci e o coco caiu em cheio sobre minha cabeça o que me levou a um desequilíbrio e a um desmaio, caindo assim das pedras até o mar.
Hoje estou aqui, psicografando essa carta contando a minha última tarde nas pedras do Arpoador e de como pode ser perigoso ajudar um jovenzinho.

(Ana Beatriz Porto e Everton Rodrigues)

sábado, 11 de julho de 2009

Amor Verdadeiro X Grande Afinidade

















Amor verdadeiro X Grande Afinidade

“Se isso não é amor, o que mais pode ser!?” Quem nunca se deparou com um grande sentimento de afeição por uma outra pessoa, até mesmo aquela pessoa que acabamos de conhecer. Tendo os mesmos gostos, os mesmos hábitos, as mesmas manias, defeitos. Que com essa imensidão de gostos iguais ficamos pensando: “Esse será meu/minha melhor amigo(a), a pessoa com que vou casar, ter filhos e passar o resto de nossas vidas juntos.”
Certo dia essa pessoa “perfeita” “pisa no nosso calo”, aparece de mal humor, e logo vem a primeira irritação, os pensamentos de “não te aguento mais”, “some da minha vida”. Será isso um amor de verdade? Amor que não nos ensinou a perdoar, a ser paciente, a entender o lado do outro, mas sim a julgar na primeira oportunidade. Talvez essa seja uma grande afinidade de um pelo outro, mas não chega a ser o amor de verdade, algo que começamos a confundir ou nos deixamos levar pelas aparências das primeiras semanas de convívio.
Esse amor que todos queremos e procuramos, é algo que se constroi com o tempo, pouco a pouco. Com ele aprendemos a perdoar, a ser paciente, aconselhar, dizer a verdade mesmo que essa vá machucar por um tempo a pessoa que amamos, mas que essa saberá que poderá contar com a gente sempre, e que não iremos mentir só para agradar, mas que diremos a verdade para ajudá-la a melhorar.
Esse verdadeiro amor não nos afasta por tão pouco, aprendemos a calar na hora da “tempestade” e a impor nossas opiniões na hora em que o Sol volta a brilhar. Mas antes de querer amar alguém conhece e ama-te primeiro, para que assim possa entender, ajudar, aconselhar, acompanhar os outros. Quem ama não fica junto somente nas horas boas e de alegria, quem ama fica junto em qualquer circunstâncias, apoiando e caminhando junto. Não se preocupe em saber de cara se seu sentimento é amor ou uma grande afinidade, “pois se isso não é amor, o que mais pode ser... estou aprendendo também”.

(Everton Rodrigues)

quinta-feira, 9 de abril de 2009

"Pré - Conceito"

"Pré – Conceito"

Foram contra os negros e eu não fiz nada, foram contra os homossexuais e eu não fiz nada, foram contra os pobres, moradores de periferia e eu não fiz nada, hoje estão contra mim, estou sozinho e não tenho ninguém para me defender.
Em nossa sociedade, vemos diversos tipos de preconceitos serem praticados dia após dia, mas que não nos damos conta ou simplesmente ignoramos, fechamos nossos olhos para tal realidade, pelo fato de não estarmos na "categoria" de tal preconceito. À cada dia, são novas "categorias" inventadas e cada dia aumenta o preconceito, não ligamos hoje, ou não damos devida importância ao fato, até o dia que criarem algo contra nós, a partir desse dia iremos nos preocupar e querer "mudar o mundo", mas porque não nos preocupar agora?
Certas pessoas dizem não ser preconceituosas, mas que se desviam ao passar por um mendigo, se sentem ameaçadas ao estar em uma rua deserta com um negro, sentem medo se sua reputação ser colocada em questão ao ter um(a) amigo(a) homossexual, ou até mesmo demostrar afeto por uma pessoa de mesmo sexo, que preferem andar com pessoas de mesma classe social, ou até de nível maior. "Não é preconceito é matemática."
O que querem dizer com "não é preconceito é matemática?" Que os discriminados estão sempre em sua maioria no lado inferior da sociedade? Estatística? Estatística está relacionado com algo que acontece, aconteceu e não temos como mudar, ou pelo menos não em termos individualizados. Logo não existe a tal "matemática", mas sim o preconceito que podemos mudar quando pararmos de olhar mais para o "eu" e olharmos para o "nós", para, para a sociedade, olharmos para todos como pessoas iguais e sem fronteiras, sem um "pré - conceito" antes de conhecer verdadeiramente, sem analisar somente pela capa.
(Everton Rodrigues)