sexta-feira, 9 de abril de 2010

Minha Primeira Vez

Minha primeira vez

Posso me lembrar como se fosse hoje, quando tive minha primeira vez. Como a maioria das pessoas e algo que é normal, estava nervoso, querendo que tivesse logo o início, mas ao mesmo tempo com medo do que me esperava pela frente. Não tinha pra onde fugir, já estava ali, não mas sozinho, tinha que ir em frente e fazer o que tinha ido fazer. O tempo passava e a tão esperada hora ia chegando.
Como algo automático a cada minuto que ia passando parecia que o nervosismo aumentava, e o frio na barriga parecia congelar todo o corpo. Todos nervosos, ali era a nossa primeira vez, mas deixando a amizade a cima de tudo, davamos força uma para o outro, mostrando que não estavamos sós e que esse dia seria um dia inesqucível e que lembrariamos para o resto de nossas vidas quer continuassemos juntos ou não. Nos aproximamos um do outro, cada vez mais próximos, todos com o mesmo ideal, a mesma preocupação, a mesma vontade e quem sabe o mesmo nervosismo. Demos as mãos passando nossa força e nossos pensamentos positivos um para o outro e mostrando que ali, naquele momento tinhamos um ao outro e não estávamos só.
Quando nos demos conta, já estavamos envolvidos na emoção, na alegria e no prazer de estarmos um diante do outro fazendo aquilo que ocupara nossos sonhos nos últimos dias. Lá estavamos nós no palco, de frente pra platéia, encenando aquela peça a qual haviamos ensaiado tanto, dando todo nosso esforço pra passar a mensagem, mas principalmente nos auto realizar por estar pisando pela primeira vez em um palco, com um grupo unido que dava força um para o outro, mostrando que todos que estavam ali eram capazes e que tinham capacidade para tal atividade. Fomos do início ao fim envolvidos pela emoção e ao chegar ao final e sermos aplaudidos de pé, esse sim foi o melhor pagamento e a melhor satisfação de estar em cima daquele palco.
E assim foi a minha primeira vez, em cima de um palco atuando, envolvido pelo nervosismo, pela ansiedade, mas por um desejo maior de cumprir com essa tarefa. A partir daí não tive mais pra onde correr, a satisfação de poder estar atuando e transformando um texto em emoções e sensações para a platéia é a melhor recompensa.

(Everton Rodrigues)